Na última quarta-feira, 18, uma notícia que correu o mundo virtual indignou limitantes da causa popular em São Luís e em todo o Estado do Maranhão: movimentos reacionários fascistoides revisionistas da História planejaram a organização, em uma faculdade privada da capital maranhense, evento cujo tema era “os falsos mártires”, na verdade uma tentativa de manchar a memória das lideranças assassinadas por lutarem contra o latifúndio, especialmente Dorothy Stang, das irmãs de Notre Dame, assassinada em Anapu/PA, e o padre Josimo, assassinado pela mesma causa, em Imperatriz, no Maranhão. Ela, sacrificada em 2005; ele, em 1986.
É essa memória que os assassinos e seus cúmplices pretendem vilipendiar. Não bastasse isso, o massacre continua contra camponeses, quilombolas, ribeirinhos, indígenas e seus apoiadores. Os militantes sociais que denunciaram o derrame de material tóxico no Rio Pará estão ameaçados, e mortes já aconteceram por lá. O Padre Amaro segue preso, com sua história difamada dia após dias nos veículos de comunicação patrocinados pela FAEPA (Federação ruralista de agricultores do Pará), e com, ele, também a memória de Dorothy é atacada.
Esse assassinato de biografias e de corpos físicos está presente no Maranhão. Por isso, é preciso pensar justos e articular uma resposta. Não nos calarão.
A APRUMA – Seção Sindical do Andes convoca reunião emergencial com militantes populares para discutir essa questão. O encontro acontece ás 17h desta quinta-feira, 19 de abril, às 17h, na Sede Administrativa da Apruma, na Área de Vivência do Campus do Bacanga, na UFMA.
Todas e todos lá! Por memória, verdade e justiça!
Confira: