Os estudantes moradores da Residência Universitária Unidade Habitacional – UFMA Campus foram surpreendidos nesta quinta-feira, 14, com mais um adiamento da inauguração oficial de suas instalações.
É a segunda vez que a cerimônia é suspensa pela Administração Superior, contam.
Desta vez, a inauguração estava prevista para esta sexta-feira, 15, na Residência Universitária. A alegação é a de que a reitora não vai poder estar presente na data, que por isso teve de ser adiada.
Os estudantes realizarão, nas próximas horas, Assembleia dos moradores para decidir o que fazer nesse cenário. Um motivo de apreensão é que, até hoje, desde que conquistaram a Residência no Campus, ela é dada como provisória: “Daí a importância dessa inauguração”, dizem, apontando para a necessidade que o caráter definitivo seja reconhecido pela instituição.
Tão logo a nova data seja indicada, a Apruma, apoiadora do Movimento Casa no Campus, que culminou com essa conquista, divulgará o calendário.
Saiba mais:
Nos dias finais de novembro do agitado ano de 2013 até o começo de dezembro daquele ano, os estudantes da UFMA travaram uma batalha que unificou movimentos sociais, movimento estudantil e docente e a comunidade de entorno do Campus do Bacanga para garantir o direito fundamental à moradia dos estudantes que dependiam de assistência estudantil para seguir com seus estudos na Universidade Federal do Maranhão.
Nesses “dez dias que abalaram a UFMA”, os estudantes Josemiro, Daniel e Rômulo tiveram de fazer greve de fome e se acorrentar ao prédio que deveria ser destinado à Residência Estudantil no Campus, deflagrando o movimento que entrou para a História da Universidade como “Eu quero uma Casa no Campus”, para que a reitoria de então não desviasse a finalidade do edifício, e finalmente entregasse aquelas instalações para a morada nos estudantes.
Aqueles eram tempos de verbas gordas do Reuni, utilizadas então na Universidade de forma antidemocrática e autoritária, sem assegurar assistência estudantil adequada, e voltadas para a construção de um legado de obras faraônicas e muitas até hoje inacabadas, como a Biblioteca Central, à entrada do Campus do Bacanga, e outras que, mesmo entregues, já apresentam problemas.
Outro lado
Em e-mail encaminhado à Apruma por membro da Administração Superior, é apresentada outra versão para os dois adiamentos da inauguração da Casa no Campus. Em destaque, a afirmação de que a atual Administração é consciente da importância desse ato. Eis a mensagem:
“Não é verdade que a administração adiou por duas vezes a inauguração, como diz a nota. A primeira vez que adiamos a inauguração, foi a pedido dos residentes que entendiam que é necessário fazer uma homenagem ao “Josemiro”, o que atendemos prontamente. Sabemos da importância dessa inauguração e por isso mesmo a dirigente máxima da instituição faz questão de se fazer presente. Essa data foi solicitada pelos alunos o que não coincidiu com a agenda da Magnífica Reitora que está em missão internacional, autorizada pelo CONSUN“.
*Atualizada em 18/06/2018 para acréscimo da mensagem acima.