As eleições de 2018 no Brasil representam disputas de projetos diametralmente opostos. De um lado, há em curso o fascismo materializado no discurso de ódio, ataque às ditas minorias e às organizações classistas, obsessão pela militarização e uso da religião para benefícios pessoais. Em oposição ao fascismo, há movimentos de defesa da democracia e da possibilidade de lutar por garantias de direitos conquistados duramente pelos movimentos sociais.
Nós, da base e da Diretoria do Sindicato de Professores da Universidade Federal do Maranhão (APRUMA), apontamos que o fim das liberdades individuais e de grupos sociais e as perseguições que poderão advir no confronto com a ditadura fascista não podem ser vistos como impossibilidades. Na vida universitária não será diferente. O que está nas ruas, nas redes sociais e no privado já invadiu as universidades. Se esse fascismo prevalecer, evidentemente assistiremos a intensificação da barbárie e o esfacelamento da democracia, ainda que com suas contradições. Neste cenário, a neutralidade não deve ser opção.
Nesse sentido, chamamos a categoria para fortalecer, na UFMA, o movimento antifascista e de luta contra as reformas neoliberais que se articula hoje a partir de uma Frente. Reforçamos ainda a necessidade de a nossa organização atuar na defesa da democracia e da autonomia das entidades sindicais no país.
Convocamos nossa categoria a se engajar na organização de todas as atividades de combate ao fascismo e luta contra as reformas neoliberais. Nessas eleições, nosso compromisso é com a democracia, com políticas sociais de igualdade de gênero, de combate ao racismo, à homofobia, de defesa da educação pública e gratuita e da liberdade de expressão e organização política.
São Luís, 18 de outubro de 2018
APRUMA – Seção Sindical do ANDES – SN