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Movimento na periferia homenageia Mestre Moa do Katendê em São Luís

Acontece nesta quinta-feira, 25, às 19h, a primeira reunião do Comitê de Luta na Periferia. A reunião do comitê a ser fundado na ocasião será realizada na sede do Bumba-Meu-Boi da Liberdade (Rua Alberto de Oliveira, 150, Bairro da Liberdade, em São Luís).

Entre os apoiadores, estão movimentos de resistência como Quilombo Urbano e MOQUIBOM (Movimento Quilombola do Maranhão).

O Comitê de Luta na Periferia levará o nome Mestre Moa do Katendê como forma de homenagear Romualdo Rosário da Costa, o Mestre Moa do Katendê, assassinado após o primeiro turno das eleições de 2018 em Salvador.

Mestre Moa do Katendê, foi um compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro. Considerado um dos maiores mestres de capoeira de Angola da Bahia, começou a praticar capoeira aos oito anos de idade, no terreiro de sua tia, o Ilê Axé Omin Bain.

Foi campeão do Festival da Canção do bloco Ilê Aiyê em 1977. Promoveu o afoxé, fundando em 1978 o Badauê, e em 1995 o Amigos de Katendê. Defendia um processo de “reafricanização” da juventude baiana e do carnaval, seguindo as propostas de Antonio Risério

Foi assassinado com doze facadas pelas costas após o primeiro turno das eleições gerais de 2018. Segundo testemunhas e a investigação policial, o ataque foi motivado por discussões políticas, após Romualdo declarar ter votado em Fernando Haddad. O agressor, apoiador do candidato adversário Jair Bolsonaro, teria discutido com o capoeirista e deixado a cena, voltando logo em seguida com o facão com o qual teria desfilado ao menos 12 facadas. Romualdo não resistiu e morreu no local.

A morte do compositor suscitou homenagens por artistas próximos como Caetano Veloso e Gilberto Gil e também de artistas internacionais, como Roger Waters. Grupos de capoeira e movimentos ligados à cultura africana também fizeram homenagens em Salvador, Recife e São Paulo.

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