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Padre Amaro, perseguido pelo latifúndio em Anapu/PA, recebe prêmio no Dia dos Direitos Humanos

A entrega do Prêmio Nacional de Direitos Humanos João Canuto aconteceu na última segunda-feira, 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos – no Rio de Janeiro, e teve entre os homenageados o Padre Amaro, referência na defesa dos direitos dos camponeses em Anapu, no estado do Pará, e por isso, tal como Dorothy Stang, que atuou na mesma região, perseguido pelo latifúndio (foto acima).

Em março deste ano, com base em acusações frágeis e com claro intuito de cercear sua atuação junto a comunidades de Anapu, Amaro foi preso preventivamente, sendo solto somente meses depois em razão da pressão e denúncia feita sobre a flagrante utilização do aparelho estatal para criminalizar um militante social. Várias instituições emitiram notas de apoio, e a Apruma foi signatária de uma delas (veja aqui).

O Prêmio João Canuto de Direitos Humanos é uma homenagem instituída pelo Movimento Humanos Direitos (MHuD), entidade que reúne professores, religiosos, atores, diretores de TV, músicos, cineastas, escritores e fotógrafos, entre outros artistas. O nome da premiação, criada há 15 anos, faz referência ao dirigente sindical do Pará que foi perseguido e assassinado porque defendia os trabalhadores rurais e a lutava pela reforma agrária. A homenagem também é uma forma de dar visibilidade às causas defendidas pelos premiados e também de alguma forma contribuir para sua própria proteção. Nesses 15 anos, vários foram os destaques, entre eles, o maranhense Gil Quilombola, da comunidade do Charco, na Baixada Maranhense, companheiro de Flaviano Pinto Neto, assassinado pelo latifúndio.

Marielle Franco, Presente!

Este ano, além do Padre Amaro (CPT Comissão Pastoral da Terra – Anapu PA), receberam o Prêmio João Canuto:

  • Aton Fon Filho – Advogado da Rede Social de Justiça SP;
  • Eva Rete Mimbi Benite – indígena Guarani Bya – Paraty RJ;
  • Bando Cultural Favelados da Rocinha RJ;
  • Tete Moraes – Cineasta RJ;
  • Elisa Lucinda – Atriz e Escritora; e
  • Adolfo Perez Esquivel – Prêmio Nobel da Paz – Argentina.

Outros homenageados, in memórian, foram Marielle Franco – assassinada em 14 de março de 2018 – e o Museu Nacional – que incendiou no Rio de Janeiro no dia 3 de setembro deste ano. A programação do evento ainda contemplou um momento de debate com agradecimento e convidados como Marco Lucchesi, Presidente da Academia Brasileira de Letras.

Mote da Campanha pela liberdade de Padre Amaro quando foi preso injustamente

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