A Assembleia Geral realizada pela Apruma nesta quinta-feira, 20, serviu para que os docentes participantes expusessem suas análises sobre a atual conjuntura, com os ataques diários do atual governo voltados de modo especial ao campo da Educação, aos sindicatos e também a tentativa de fazer aprovar, com perseguição aberta aos movimentos contestatórios, a contrarreforma da Previdência.
Para o professor Antonio Gonçalves, o desafio colocado hoje é o de construir a unidade necessária para derrubar as políticas neoliberais que estão em curso, como a redução do valor do salário mínimo, a extinção do ministério do Trabalho e, claro, a contrarreforma da Previdência. “O projeto da reforma não é só de Bolsonaro, mas do capital. O importante para eles é não fugir da pauta do capital financeiro, que inclusive representa um duro ataque aos servidores públicos. E como reagir a isso? O momento é o de construir a unidade”, disse.
Gonçalves destacou ainda que a contrarreforma não vai consertar a economia, mantendo isenções bilionárias e a mesma política de juros, ou sem fazer a reforma tributária. “O compromisso é retirar direitos e rebaixar todas as conquistas que conseguimos até agora. O importante é sairmos todos de nossa zona de conforto, pois todos seremos atingidos, independente se estamos aqui há 30 anos ou se entramos no serviço público agora”.
As falas que se seguiram mantiveram a mesma orientação, referendando a necessidade de se consolidar a luta e a resistência, como ressaltaram falas como as dos professores Micael, Rosilda, Fernando, Luizão, entre outros que se posicionaram.
Fortalecer o Dia 22: participe!
Nesse sentido, foi feita a proposta, e aprovada pelo conjunto, de participação em todas as frentes de luta contra a reforma da Previdência, a exemplo das atividades previstas para esta sexta-feira, 22, Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência, quando deve acontecer atos por todo o país contestando o projeto. Ante a conjuntura delicada, também foi mantido o estado de mobilização permanente, já aprovado em Assembleia anterior.
Assim, os professores e professoras estão convocados para, a partir das 7h, distribuir convites à entrada do Campus do Bacanga, chamando toda a comunidade universitária e o entorno a participarem da Mesa Redonda “A reforma da Previdência como obstáculo à aposentaria”, que acontecerá, também nesse dia e como atividade do Calendário do Dia Nacional de Luta, às 17h30 no Auditório Principal do Centro Pedagógico Paulo Freire, no próprio Campus. Na ocasião, a professora Sara Granemann (UFRJ) e o advogado Guilherme Zagallo, da Assessoria Jurídica da Apruma, apontarão os principais entraves da proposta ao direito de se aposentar com dignidade. A atividade é aberta a todos e todas que quiserem participar, servindo também como preparação do fortalecimento da resistência para enfrentar a matéria.
Além da panfletagem pela manhã, em seguida, os docentes se dirigirão à concentração do Ato Unificado contra a Reforma, que estará acontecendo em frente ao INSS do Parque do Bom Menino, zona central da capital maranhense.
Além de São Luís, outras cidades do Estado já têm confirmadas atividades, e os professores que estiveram próximos a elas estão chamados a participar:
- Imperatriz: Praça de Fátima – 8 horas da manhã
- Pinheiro: Praça Jose Sarney
- Caxias: Praça da Matriz – 8 horas da manhã
- Chapadinha: 8h concentração em frente ao Banco do Brasil para panfletagem no Centro; 15h mesa redonda sobre a reforma no Sindchap
- Barra do Corda: Praça Melo Uchoa – 8h30 da manhã
- Açailândia: Auditório do Sintrassema – 8 horas
- São Luís: INSS do Bom Menino Centro, às 8h e Palestra sobre Reforma da Previdência , às 17h30, no auditório Principal do Prédio Paulo Freire/UFMA
- São Bento: Praça Carlos Reais – 8 horas
- Santa Inês: Praça das Laranjeiras Concentração as 7 da manhã caminhada pela rua do comércio e termina co Ato em frente a Prefeitura
- Penalva: Em frente ao Sindsemp (Sindicato Servidores Municipais), às 8h
- Codó: Praça da Igreja São Sebastião, 8h;
- Parnarama: concentração às 8h na sede do Sinprosemp e caminhada às 9h30 com ato final na Praça da Igreja Matriz
Nas demais localidades, os participantes podem entrar em contato com a Apruma para atualizarmos o quadro e divulgarmos os atos.
A Assembleia serviu ainda para que Guilherme Zagallo, da Assessoria Jurídica, fizessem uma exposição dos riscos à sobrevivência dos sindicatos em razão da Medida Provisória 873, editada por Bolsonaro durante o Carnaval com o intuito de desarticular as entidades (acompanhe em breve matéria detalhada no site da Apruma).
Também o Conselho Fiscal apresentou seu parecer favorável à prestação de contas da Seção Sindical no período de julho a dezembro de 2018, que restou aprovado sem ressalvas pelo Plenário.
Por último, foi aprovada, também sem voto contrário, a indicação da professora Sirliane Paiva, presidente da Apruma, para representar a entidade perante os Conselhos Superiores da UFMA no período de março a setembro de 2019 (foto no topo desta matéria).