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Confira como foi a Histórica Greve Nacional da Educação

O dia 15 de Maio de 2019 entra para a História como o dia em que a sociedade emparedou Bolsonaro na defesa da Educação Pública e demonstrou que não vai abrir mão de uma educação pública, de qualidade, gratuita e laica, e também não vai abrir mão da defesa da Previdência.

A greve nacional da educação foi um prenúncio da mobilização social, puxada por estudantes, técnicos e docentes e seus sindicatos, rumo à greve geral de 14 de junho contra a reforma da Previdência.

Houve atos em dezenas de cidades maranhenses e, em todo o país, mais de um milhão nas ruas contra os cortes na área da Educação Pública e contra a reforma da Previdência.

Bolsonaro partiu para o ataque. Como observa o Andes Sindicato Nacional em nota, “Ao invés do diálogo, o presidente escolheu desqualificar lutadoras e lutadores que querem uma educação pública e gratuita”.

Para o Sindicato, as declarações de Bolsonaro contra os que protestaram em todo o país em defesa da Educação, chamando-os de “idiotas úteis”, “são parte de uma campanha que visa a desvalorização da atividade docente, da liberdade de ensinar e aprender e o amordaçamento da educação” (confira íntegra da nota AQUI: Anexo-Circ194-19).

Do IFMA, participaram dos atos 27 campi: Açailândia, Alcântara, Araioses, Barra do Corda, Barreirinhas, Buriticupu, Caxias, Centro Histórico, Codó, Coelho Neto, Grajaú, Imperatriz, Itapecuru, Maracanã, Monte Castelo, Pedreiras, Pinheiro, Porto Franco, Rosário, Santa Inês, São João dos Patos, São José de Ribamar, São Raimundo das Mangabeiras, Timon, Zé Doca, Viana e Presidente Dutra.

A maior parte dos campi da UFMA também se engajou com afinco na Greve Nacional da Educação.

Além da UFMA, da UEMA, e do IFMA, diversas escolas estaduais e municipais participaram das mobilizações, como Cintra, Coelho Neto (bairro da Ivar Saldanha), Pio XII, Estado do Pará, Dois de Julho, Benedito Leite, Sotero dos Reis, UI Jackson Lago, em São Luís, Dom Hamleto de Angelis (cidade de Viana), Prof. Antenor Bogéa (Matões do Norte), 7 de Setembro (bairro da Maiobinha, zona rural de São Luís), Colégio Militar 2 de Julho, Horácio Alves de Andrade (cidade de São Domingos), Maura Jorge (em Lago da Pedra), entre outras.

São Luís

Na capital maranhense, as atividades de mobilização tiveram início por volta das 6h. Atendendo ao chamado das entidades como a Apruma, que deliberou em assembleia por realizar um ato em frente ao Campus do Bacanga para o início do dia, técnicos, docentes, estudantes barraram o acesso ao Campus. A reitora Nair Portela esteve presente e comunicou que esse seria um dia de defesa da Educação. Não houve atividades no Bacanga nesta quarta-feira.

Logo no começo da tarde, pesquisadores posicionaram banners e cartazes no Centro de São Luís, demonstrando a importância da produção científica para a comunidade.

Duas marchas seguiram ao encontro dessa concentração, na Praça Deodoro: uma saindo do IFMA Campus Monte Castelo reunindo estudantes e trabalhadores de diversas unidades do Instituto Federal, e outra, saindo do IFMA Centro Histórico.

Milhares de pessoas se reuniram na Praça e saíram em marcha até o bairro da Praia Grande, com palavras de ordem como “não é mole não: tem dinheiro pra milícia mas não tem pra educação”, “a luta unificou, é estudante junto com trabalhador”.

Todo o Estado mobilizado

Em diversas cidades também houve atos unificados, que reuniram trabalhadores e docentes de institutos federais, da Universidade Federal, da Estadual, bem como as redes municipal e estadual de ensino.

Em diversas delas, as atividades se estenderam ao longo do dia, com atos num período e aulas públicas ou mostras científicas em outros, indo em vários casos até tarde da noite de quarta, sempre acompanhados por grande público. Foi assim, por exemplo, em Pinheiro, Imperatriz, São Bernardo, entre outros municípios. Na cidade de Pedreiras, houve ainda uma audiência pública na Câmara Municipal para tratar dos cortes orçamentários na Educação.

Indígenas também estiveram mobilizados pela Educação, a exemplo dos Awa Guajá.

 

Bacabal

Barreirinhas

Barra do Corda

Buriticupu

Chapadinha

IFMA – Centro Histórico

Coelho Neto

Caxias

Imperatriz

IFMA – Monte Castelo

Presidente Dutra

Pedreiras

Pinheiro

Porto Franco

São Bernardo

Santa Inês

São João dos Patos

São Raimundo das Mangabeiras

Santa Luzia

Timon

Viana

Zé Doca

Ataques à Educação prosseguem

Além das declarações contra a educação e contra a sociedade que deu um claro sinal de que não vai concordar com os ataques e cortes, em retaliação aos atos, o governo publicou decreto ainda na quarta-feira rasgando a Constituição e o princípio da autonomia universitária: determinou que escolha de reitor, vice e pró-reitores serão feitas pelo governo.

A Assessoria Jurídica Nacional está elaborando parecer sobre o assunto, cuja ilegalidade é flagrante e que também deve, a exemplo da declarações, surtir efeito contrário e cerrar ainda mais as fileiras em defesa da Educação Pública e demais direitos sociais e liberdades democráticas.

A seguir, imagens do ato à tarde em São Luís e outras mobilizações pelo Brasil

 

Belo Horizonte

Brasília

Rio de Janeiro

No Pará, a rodovia Transamazônica foi fechada à altura da cidade de Marabá

Rio de Janeiro

São Paulo

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