Nota da Diretoria da APRUMA em defesa da autonomia do movimento estudantil e contra qualquer forma de perseguição política no espaço da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Os estudantes Alinne Victoria Martins (presidente da UJS São Luís e vice-presidente do Cento Acadêmico de História), Ana Raquel da Silva Farias (de Artes Visuais, membra da Gestão Provisória do DCE e Vice da UNE-MA), Artaxeryes Aristotelles Silva Lima (de Enfermagem, foi membro do DCE, do Conselheiro Superior – UFMA, da Comissão de Segurança – UFMA, coordenador das Casas de Estudantes – UFMA e membro da Assembleia Departamental do Curso de Direito – UFMA), Luís Eduardo Corrêa da Silva (de Economia, é Presidente da UJS-MA) e Rommel Altino Mendes Fonseca Botafogo (membro da Gestão Provisória do DCE e presidente do Centro Acadêmico de História), procuraram a Diretoria da APRUMA e denunciaram que estariam sofrendo retaliação por parte da Administração Superior da UFMA por questões políticas, por serem da atual Gestão do DCE (legitimados pelo CEB, sendo essa instância deliberativa dos estudantes), além de outros que prestavam apoio ao movimento, desde que a atual gestão superior reconheceu outro grupo como sendo o dirigente da Diretório Central dos Estudantes – DCE-UFMA, confrontando a autonomia do movimento estudantil da UFMA.
Relataram, ainda, que foi instaurado procedimento disciplinar contra os estudantes (que alegam por sua vez motivações políticas) e que teriam como autores e executores estudantes adversários seus e que, inclusive, o suposto atual presidente do DCE, gestão que segue sendo questionada pelo Conselho de Entidades de Base (CEB), que congrega Centros Acadêmicos (C.A) e Diretórios Acadêmicos (D.A), foi nomeado, pela reitoria, para Comissão de PAD contra os estudantes, como também sua cônjuge foi arrolada como testemunha.
Ademais, os estudantes alegam que o grupo liderado pelo questionado presidente do DCE tem alinhamento político com a atual Administração Superior da UFMA, que, por isso mesmo, foram reconhecidos pelo reitor e por ele empossados nos Conselhos Superiores, embora existisse a Comissão Provisória, reconhecida pelo CEB e desconsiderada pela gestão superior da UFMA; que o processo movido contra eles, além de repleto de vícios, não passa de perseguição política. E que, por derradeiro, as alegações constantes nos autos são inverídicas e foram construídas com o firme propósito de destruir qualquer oposição, por parte do movimento estudantil, à gestão ilegítima do DCE e da Administração Superior da UFMA.
Frente a esses relatos, a Diretoria da APRUMA vem a público solidarizar-se com os citados estudantes e solicitar que a Administração Superior da UFMA garanta a necessária e justa autonomia do movimento estudantil e afaste, se houver, qualquer ingerência ao modo do movimento estudantil se organizar e dirimir seus conflitos e disputas, que são próprios das instituições democráticas, como no caso do DCE, C.A e D.A. Por fim, que procedimentos disciplinares não sejam usados para intimidar ou impedir o contraditório na construção e aperfeiçoamento das entidades representativas da comunidade acadêmica que constitui a UFMA.
São Luís, 16 de março de 2021.
Diretoria Executiva da APRUMA – Seção Sindical
Gestão 2020-2022
Atualizada em 17 de março.