Nota da APRUMA – S.SIND. em apoio à greve dos(as) professores(as) da UESPI

A diretoria da Apruma – Seção Sindical do Andes-SN, em nome do Conselho de Representantes-CR, dos (as) docentes da Cidade Universitária Dom Delgado e demais campi da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, vem a público expressar total apoio e irrestrita solidariedade à greve dos (as) docentes da Universidade Estadual do Piauí – UESPI. O movimento materializa a resistência e a luta em torno da desvalorização da categoria docente, que há 10 (dez) anos (janeiro/2013 a outubro/2023) acumula uma defasagem salarial que supera os 68%. Por isso, os(as) docentes reivindicam imediatamente recomposição salarial, melhores condições de trabalho, autonomia universitária e, ainda, a retirada de pauta do Projeto de Lei Complementar (PLC) Nº 09/2023, que propõe mudanças significativas no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos (as) docentes da UESPI, a exemplo do aumento da carga horária docente e ataques à autonomia universitária. O governador Rafael Fonteles (PT), com o objetivo de criminalizar e desmobilizar o movimento, implementou corte de ponto que impactou nos salários dos (as) docentes. Sobre essa questão, a coordenadora-geral da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP – Seção Sindical do ANDES-SN), Lucineide Medeiros, destacou: “Nós da UESPI resolvemos ler a nossa mensagem, que reafirma a necessidade da negociação em torno da questão salarial e da autonomia da universidade, mas também a respeito da devolução imediata dos nossos salários”. Até o momento, o governo do Estado não acolheu as reivindicações da categoria, pois ainda não se tem nenhuma proposta concreta em relação à recomposição das perdas salariais; e a retirada do PLC 09/2023 da pauta de discussão da Assembleia Legislativa do Estado. Diante deste contexto, repudiamos a postura autoritária e arbitrária do governo do Estado do Piauí; e, assim como o ANDES-SN e as demais seções sindicais, nos solidarizamos e, ao mesmo tempo, apoiamos os (as) docentes da UESPI em defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade para todos (as), da autonomia universitária e de melhores condições para o desenvolvimento do trabalho docente no âmbito da pesquisa, extensão e ensino.