Mais de 600 docentes reunidos em Fortaleza (CE) chegaram ao terceiro dia do 42º Congresso do ANDES-Sindicato Nacional. A programação iniciou com os grupos mistos, iniciados na terça (27/02) e que debateram o “Plano de lutas dos setores”, “Plano Geral de Lutas” e “Questões organizativas e financeiras” do Sindicato Nacional.
Já no começo da tarde, as(os) participantes se somaram ao ato em solidariedade à resistência Palestina, pedindo o fim do genocídio do povo palestino e por sua autodeterminação, pelo cessar-fogo imediato, pelo desbloqueio de Gaza e pela ruptura das relações diplomáticas com Israel, entre outros.
A mobilização reuniu participantes do evento, representantes de entidades locais e da comunidade acadêmica em frente ao Centro de Convivências, localizado no campus Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O ataque à Faixa de Gaza, segundo Francirosy Campos Barbosa, docente da Universidade de São Paulo (USP), é uma barbárie que se iniciou antes do dia 7 de outubro de 2023. “Se a gente for contabilizar, de fato, esses ataques começaram no início do século XX, mais precisamente em 1948, com a Nakba (que em árabe significa “catástrofe” ou “desastre”) com a expulsão de mais de 750 mil palestinos. Aconteceu em 1967, e vem acontecendo ao longo da história da Palestina, e com ela vem um termo que muita gente desconhece, que é a Islamofobia, que é o medo de países da Europa e, principalmente, dos Estados Unidos imperialista, da religião Islã. São países que invadem terras árabes, terras muçulmanas, que tentam colonizar com os sionistas, e fazem muito bem feito, e ninguém se rebela”, criticou.
Para o professor Érbio Silva, observador da APRUMA-S.Sind. no 42º Congresso do ANDES-SN, trazer esse debate para o espaço deliberativo do Sindicato Nacional demonstra a sensibilidade da categoria com questões sociais importantes. “Israel tem produzido um movimento desleal contra o povo palestino. O ato aqui realizado demarca a posição do nosso sindicato, defendendo a dignidade do povo em qualquer circunstância e em qualquer lugar”, reiterou.
ANDES-SN em defesa do povo palestino
Há anos, o ANDES-SN tem se posicionado em defesa da liberdade e autodeterminação do povo palestino. Em 2018, docentes aprovaram em congresso a adesão à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra o Estado de Israel e incentivou as suas bases a prestar solidariedade internacional à luta palestina. Durante o 42º Congresso, na plenária do Tema I, foi aprovada, por unanimidade, a moção de repúdio “Não é guerra, é genocídio!”.
Leia o InformANDES de Novembro de 2023 (acesse o hiperlink), para entender mais sobre as raízes do conflito na região de Gaza.
*Com informações do ANDES-SN.