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Dia Internacional das Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas: Reconhecendo as lutas e conquistas

No dia 25 de julho, celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Tal data, também é comemorada no Brasil como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A criação deste dia remonta ao 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas em Santo Domingo, realizado em 1992, na República Dominicana.

A data surge não somente com o objetivo de trazer foco e reconhecimento aos diversos desafios enfrentados pelas mulheres negras na América Latina e no Caribe, mas também como suporte para a divulgação das suas lutas como forma de reconhecê-las como contribuições para a sociedade.

No Brasil, o Dia de Tereza de Benguela remonta à figura histórica Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, importante líder quilombola do Brasil no século XVIII. Nascida por volta de 1700, ela liderou o Quilombo do Piolho (ou Quilombo de Quariterê). Sob sua liderança, o quilombo resistiu aos ataques portugueses por cerca de 20 anos. 

Histórico da data, atividades e mobilizações

A instituição do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha teve como ponto de partida a necessidade de se reconhecer a situação de opressão enfrentada pelas mulheres negras. De acordo com dados da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina), os casos de  violência contra mulheres negras na América Latina e Caribe permanecem em crescimento. 

Em 2021, pelo menos 4.473 mulheres foram vítimas de feminicídio na região, sendo as mulheres entre 15 e 29 anos as mais afetadas. Países como Honduras, República Dominicana e El Salvador apresentam taxas particularmente altas de feminicídio.o Brasil, 62% das mulheres vítimas de feminicídio são negras​

Atividades e mobilizações

No Maranhão, as mobilizações e comemorações estão acontecendo durante todo o mês de julho com o apoio da Rede de Mulheres Negras do Maranhão e da Coordenação Julho das Pretas que possui uma agenda coletiva com outros estados. 

Os eventos deste ano acontecem guiados pelo tema “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, em referência à 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras. A agenda com mais de 500 atividades (divididas entre os estados do Brasil) pode ser acessada na íntegra a partir das redes sociais do Julho das Pretas.

ANDES-SN na luta 

No último ano, o ANDES-SN lançou junto as suas seções a publicação “Cartilha de combate ao racismo” como uma das ações que integra os avanços realizados pela instituição em questões relacionadas não só ao combate ao racismo, mas também como forma de assegurar os direitos das mulheres negras por meio da discussão do próprio racismo, ou seja, como ele se organiza, estrutura e se apresenta na contemporaneidade. 

Nesta quinta (25), o Sindicato Nacional também realiza o lançamento da campanha  de Combate ao Racismo, com o mote  “Sou Docente Antirracista”. Saiba mais aqui: andes.org.br

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