Apoios político e financeiro, eleição de delegados(as) e encaminhamentos sobre programa de modernização da UFMA foram discutidos na Assembleia Geral da Apruma, realizada nesta quarta (18/12), no Auditório Ribamar Carvalho e em salas de videoconferência nos campi do continente. Logo no início, a diretoria consultou a base para reconduzir as professoras Zilmara Carvalho e Cristina Araújo para o Conselho de Ensino, Pesquisa Extensão e Inovação (CONSEPE), como titular e suplente, respectivamente.
Entre os temas discutidos, os(as) docentes definiram pela renovação dos apoios financeiros à Agência Tambor e à Auditoria Cidadã da Dívida, no valor de R$ 1.500,00 e R$ 400,00, respectivamente. Além disso, a categoria aprovou a ajuda financeira às ações de solidariedade da campanha Mãos Fraternas, sob o lema “O povo cuidando do povo”, iniciativa coordenada pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras sem Terra (MST). “O apoio é político, considerando a parceria histórica entre Apruma e MST. Nessa relação, temos feito muitas iniciativas importantes no processo de luta pela democracia, defesa de políticas públicas e defesa da Universidade Pública. Esse projeto propõe, a partir de janeiro de 2025, um trabalho de alfabetização de jovens e adultos nas periferias, ou seja, além das iniciativas no acampamento e assentamento, queremos fazer um trabalho na cidade, com o apoio da Apruma”, ressaltou Jonas Borges, do MST/MA. Após discussão e votação, a base da Apruma aprovou a quantia de R$ 500,00.
Congresso do ANDES-SN
A 43ª edição do Congresso do ANDES – SN, principal instância deliberativa da entidade, acontecerá entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025, em Vitória, na Universidade Federal do Espírito Santo, sob a organização da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (ADUFES – SEÇÃO SINDICAL), com o tema central: “ SÓ O ANDES-SN NOS REPRESENTA: dos locais de trabalho às ruas contra a criminalização das lutas”.
Pela diretoria, representará a Seção Sindical o prof Antônio Gonçalves, vice-presidente da Apruma. Após o processo de votação, que contou com 14 inscrições, a delegação ficou definida da seguinte forma:
Antônio Gonçalves – Departamento de Medicina II
Edna Selma – Colégio Universitário
Conceição Lobato – Colégio Universitário
Cristina Araújo – Departamento de Educação I
Thiago Lima – Campus São Bernardo
Rosilda Dias- Departamento de Enfermagem
Célia Martins – Aposentada do Departamento de Serviço Social
Roberto Ramos – Campus de Pinheiro
Cláudio Mendonça – Colégio Universitário
Observadores(as)
Marise Marçalina- Departamento de Educação I
Érbio Silva – Departamento de Educação I
Welbson Madeira – Departamento de Economia
Programa de Modernização da UFMA
Outro ponto relevante discutido na Assembleia Geral Ordinária foi o “Qualigrad” , apresentado pela Administração Superior com o objetivo de “simplificar e garantir maior agilidade aos processos e diálogos entre todas as unidades, por meio de uma gestão acadêmica e administrativa mais dinâmica, inovadora e eficiente”. No entanto, entre as consequências apontadas na assembleia, estão a extinção dos departamentos e a precarização do trabalho docente.
Segundo a presidenta da Apruma, professora Ilse Gomes, “a primeira coisa que precisamos nos atentar é com a carga ideológica da palavra ‘modernização’. Qualquer crítica que façamos a esse projeto nos coloca na condição de contrários à modernização. A segunda coisa é que as reuniões de apresentação do projeto não permitem o espaço de diálogo ou qualquer possibilidade de crítica ou de negativa a esse projeto. Por fim, o projeto se apresenta como solução para problemas crônicos da Universidade, sem colocar as condições reais que afetam nosso exercício profissional”.
Já a professora Mary Ferreira indicou que a discussão seja expandida para os centros, departamentos e coordenações de curso. “A priori todo(a) chefe é contrário, porque sabe a tragédia que serão os cursos sem departamentos, ou seja, teremos, a priori, departamentos e coordenações como aliados nesse debate. Outro ponto importante é um levantamento orçamentário da Universidade e mostrar que o dinheiro está servindo para outras coisas”, afirmou.
Continuando a discussão, o professor Tiago Lima ressaltou a naturalização e despolitização do debate. “Eu tenho sete anos como coordenador e, no continente, o meu trabalho é a soma do que um chefe de departamento e um coordenador de curso faz, além de outras atividades administrativas. Então, precisamos envolver os colegas que estão nos campi do continente, porque há uma naturalização do trabalho duplicado que atualmente é realizado”, pontuou.
Por fim, entre as falas, o professor Saulo Costa, do Colégio Universitário, demonstrou a preocupação com a ausência da unidade dentro do projeto. “O Colégio Universitário tem 130 docentes e vive uma realidade delicada, uma vez que, regimentalmente, a direção geral e as coordenações de ensino não tem poder dentro das instâncias da universidade. Essa constatação é perigosa, porque nos questionamos: o que nos espera a partir de então?”, finalizou.
A Assembleia Geral deliberou por uma série de ações para ampliar o debate nas dependências da UFMA e também nas redes sociais e veículos de comunicação. Os desdobramentos das deliberações poderão ser acompanhados no site e nas redes sociais da Apruma.