Realizada na tarde desta quinta (06/06), a Assembleia Geral da APRUMA – Seção Sindical do ANDES – Sindicato Nacional definiu alguns passos importantes na continuidade da greve em uma semana decisiva para as negociações com o governo federal. O momento ocorreu na modalidade presencial, no auditório Ribamar Carvalho e nas salas de videoconferência dos campi, e foi coordenado pelo prof Antônio Gonçalves, vice-presidente, e profª Cristina Araújo, secretária geral da APRUMA.
Na pauta, os (as) docentes discutiram a conjuntura e as ações pela reabertura das negociações, como orientado pelo Comando Nacional de Greve (CNG). Para subsidiar o debate, a base da APRUMA – S. Sind. constatou, entre outros, que apenas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por uma margem de votos pequena, suspendeu a greve momentaneamente. Assim, as demais IFES permanecem e novas adesões estão acontecendo.
Outro ponto destacado é que o governo, ao encerrar as negociações, centraliza nas pautas econômicas, sobretudo no que tange aos índices para 2024 (0%), 2025 (9%) e 2026 (3,5%); perdendo de vista que o movimento tem pautas importantes não-economicistas, a exemplo da recomposição orçamentária das IFES e do Revogaço. No que tange ao revogaço, o governo apenas suspendeu o registro de ponto da carreira EBTT, o que é insuficiente diante do conjunto de normas e regulamentações implementadas pelos últimos governos, que atacaram e retiraram direitos dos (as) trabalhadores (as) da educação federal.
Em sua intervenção, o professor Antônio Gonçalves, vice-presidente da APRUMA – S. Sind., relatou que, na reunião do dia 27 de maio, em Brasília (DF), o ANDES, o SINASEFE e a FASUBRA pressionaram o governo, que marcou outro momento no dia 03 de junho. Apesar de tensa, a segunda reunião foi considerada pela categoria como uma retomada efetiva das negociações. “Ao final da reunião, o Governo Federal não apontou nenhuma data para uma nova reunião e os comandos de greve do ANDES e do SINASEFE ocuparam a sala até que o governo dissesse uma nova data”, afirmou. A data estabelecida foi o dia 11/06, com os(as) Técnicos(as) Administrativos(as) em Educação (TAEs) e dia 14/06 com os(as) docentes.
Dessa forma, a força do movimento grevista da categoria conseguiu manter a negociação com o governo e ainda tem dialogado com o Congresso Nacional para que a pauta do orçamento não cesse, buscando espaço orçamentário ainda em 2024 que garanta um índice para que aposentados(as) sejam contemplados(as). Isto mostra que o movimento paredista segue forte, por isso é necessário o fortalecimento da base, via seções sindicais.
GREVE DE OCUPAÇÃO
A Assembleia desta quinta deliberou também a manutenção da mobilização conjunta: TAEs e docentes (APRUMA, SINTEMA e SINASEFE); articulação com parlamentares federais e estaduais para solicitação de apoio à reivindicação de manutenção das negociações entre o governo e os sindicatos representativos da categoria; realização de Ato Unificado (APRUMA e SINTEMA) no dia da mesa de negociação dos TAEs: 11 de junho; participação dos campi do continente no Ato Unificado do dia 14 de junho, em São Luís, no mesmo horário da mesa de negociação nacional; participação dos campi do continente na reunião com a Reitoria, com entrega de documento específico contendo suas reivindicações; debate em torno dos rumos do movimento grevista, considerando as mesas de negociações dos dias 11 e 14 de junho; além da publicização das manifestações de apoio à greve: Carta da Profª. Drª. Fátima Felix; posicionamento do Diretório maranhense do PT, entre outros.
APROVAÇÃO DAS CONTAS
Outro ponto debatido foi a análise, discussão e votação da prestação de contas do período de julho a dezembro de 2023. Na oportunidade, o prof Antônio Joaquim, aposentado do departamento de Ciências Contábeis, Imobiliárias e Administração e membro do Conselho Fiscal da APRUMA, leu o parecer, indicando a aprovação das contas neste período. Por fim, a base da Seção Sindical votou por sua aprovação.
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