Os trabalhadores e trabalhadoras se organizaram por todo o país neste Primeiro de Maio para mostrar força em preparação à greve geral contra a destruição da Previdência social e outros graves ataques contra os direitos sociais, como o direito fundamental à Educação Pública, atacada diuturnamente pelo presidente, filhos e ideólogos, com anúncios de cortes em verbas das universidades e institutos federais, começando pelos que permitem debates críticos ao governo em suas dependências, numa clara demonstração de autoritarismo, desprezo pela democracia e contra princípios constitucionais como autonomia universitária e liberdade de cátedra.
Nesse contexto, em São Luís nesta quarta-feira foram realizadas três importantes atividades, com participação dos docentes universitários e reunindo milhares de trabalhadores nos três eventos.
A primeira manifestação aconteceu logo pela manhã, convocada pelas centrais sindicais.
Houve concentração para panfletagem e coleta de assinaturas no abaixo-assinado em defesa da Previdência nas proximidades da Feira do Bairro do João Paulo.
À tarde, duas Romarias do Trabalhador, uma na área Itaqui-Bacanga e outra na Zona Rural da Cidade, puxadas pelas pastorais sociais da Igreja Católicas e que acontecem já há vários anos, reivindicaram políticas públicas e o fim do ataque às aposentadorias dos trabalhadores.
Foram grandes as concentrações nestes eventos, que aconteceram ainda por outras cidades do Estado: em Zé Doca, por exemplo, houve manifestação e coleta de assinaturas no abaixo-assinado nacional. Na cidade de Chapadinha, após o início da concentração, os presentes deliberaram por adiar o ato para o próximo sábado, dia 4, em razão das fortes chuvas. Houve ainda ato show na cidade de Imperatriz e diversas atividades na Baixada Maranhense, como caminhadas em cidades como Viana, Penalva, entre outras.
Na capital cearense, por sua vez, aproximadamente vinte mil pessoas compareceram aos atos.
Em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, houve ato unificado das centrais, com a participação de mais de duzentas mil pessoas. Neste ato, foi feita a convocação para a construção da greve geral dia 14 de junho contra os ataques à Previdência Social.
Até lá, devem acontecer nos locais de trabalho assembleias, além de todos e todas estarem convocados a construir efetivamente a greve, participando de panfletagens, chamando os colegas, familiares, intensificando as ações em torno do abaixo-assinado, e se engajando nas atividades, como as que vêm sendo convocadas pela Apruma e por demais movimentos e sindicatos.
Antes da greve geral em junho, entidades do campo da Educação Pública, esta violentamente agredida e com suas verbas saqueadas pelo MEC em retaliação por exercerem seu trabalho de exercitar o pensamento crítico em prol de uma sociedade livre e justa, já chamaram um dia nacional de paralisação para 15 de maio, e solicitam apoio dos demais trabalhadores na participação das atividades que serão divulgadas.
Este ato já pode ser visto como “aquecimento” da greve geral de junho que, para ser exitosa e contribuir para barrar a reforma, deve ser ainda maior que a realizada há dois anos, em 28 de abril de 2017, que emparedou o governo Temer e barrou sua proposta de contrarreforma que foi agora intensificada pela proposição de Bolsonaro e Guedes, com achatamento de benefícios, confisco sobre os vencimentos de servidores e instituição da capitalização para entregar a Previdência aos bancos sem garantia de ganhos minimamente dignos a quem se aposentar.
À luta! Não à Contrarreforma da Previdência! Agora é Greve Geral!