A Comissão Eleitoral da Apruma-SS para o Biênio 2020-2022 recebeu neste domingo, 15, às 11:57 horas, a resposta encaminhada pela chapa que solicitou direito de resposta a uma nota da Diretoria da Apruma, publicada no dia 12/12. O direito de resposta foi solicitado na sexta, 13, 12:57 horas, e concedido no mesmo dia, às 15:05 horas. Deste modo, segue nota como direito de Resposta, na íntegra:
DIREITO DE RESPOSTA – CHAPA 2 – APRUMA AUTÔNOMA,
DEMOCRÁTICA E PLURAL
Pai, afasta de mim esse cálice…
(Chico Buarque)
Em resposta ao pedido da chapa 2 – APRUMA AUTÔNOMA, DEMOCRÁTICA E
PLURAL, de se posicionar quanto à nota divulgada pela diretoria da APRUMA no dia
12 de dezembro de 2019, a Comissão Eleitoral decidiu que temos o direito de nos
manifestarmos em relação aos itens 2, 3 e 7. Obviamente, não abdicamos do direito
de nos manifestarmos sobre os demais itens, e, em respeito aos nossos apoiadores
e corpo docente da UFMA, o faremos por outros meios. Nos espaços oficiais da
APRUMA, entretanto, tratamos apenas dos itens elencados:
1 – No item 2 da nota da Diretoria da APRUMA é argumentado que as pessoas
que tomaram a iniciativa de construir a hoje chapa 2 é que “apresentaram veto a dois
companheiros e, ao não serem atendidos, implodiram a aliança”. Na verdade, à época
fizemos um contato informal com o então líder do grupo político que dirige a APRUMA.
Ele nos informou que a chapa estava praticamente montada, mas que poderiam nos
ceder 2 cargos, no conjunto dos 11 da Diretoria Executiva. Entretanto, tinham
restrições a possíveis indicações nossas. Ao mesmo tempo, não abriam mão da
cabeça de chapa e de ter certas pessoas em determinados cargos, inclusive um
professor que nos ataca e nos calunia de forma covarde e sistemática. Entendemos
que essa foi uma forma pouco sutil de efetiva exclusão e não aceitamos a “oferta”.
Sobre o calendário de eleições, o consideramos inadequado e manifestamos isso em
assembleia geral. Quanto aos métodos de escolha de pessoas para representações
em eventos nacionais, reafirmamos a crítica: tem viés autoritário e hegemonista, e
despreza as posições minoritárias nas assembleias gerais;
2 – No item 3 da nota da Diretoria, é relembrado o episódio de realização do
debate sobre América Latina como pretensa prova de que o atual grupo político
hegemônico (que não é, necessariamente, o mesmo grupo de pessoas que ocupa
cargos na diretoria) é democrático por permitir que participassem da mesa de debate
duas pessoas com posições antagônicas. Na verdade essa foi uma deliberação de
assembleia geral a partir de proposta nossa, e não concessão da Diretoria da
APRUMA. Esta, ao contrário, inicialmente tentou trazer apenas um palestrante
alinhado com suas posições políticas, conforme servem de prova diversos cartazes
ainda espalhados pela UFMA. Apenas após reclamação formal nossa, da qual temos
provas, nos foi concedido o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para fazermos uma
indicação. Além disso, também propusemos e foi aprovada em AG um debate sobre
conjuntura brasileira nos mesmos moldes, e a diretoria da APRUMA nunca o
encaminhou;
3 – No item 7 da nota da Diretoria são analisadas nossas percepções quanto
à democracia interna e respeito às posições divergentes na APRUMA. Na verdade,
em nosso programa apenas ressaltamos o método de algumas pessoas do grupo
político dirigente, que com frequência imprimem agressões em redes sociais e
assembleias contra aqueles que não concordam com o seu pensamento, inclusive
fazendo desqualificações pessoais inaceitáveis. Isso pode ser constatado, por
exemplo, verificando registros de mensagens no Facebook e grupos de WhatsApp.
Além disso, o conjunto do grupo hegemônico – e não pessoas ou diretores de forma
específica – tem levado a cabo uma política de excluir minorias com métodos de
votação que mudam de acordo com suas conveniências, resultando, em alguns casos,
na impossibilidade de participação dessas em atividades do ANDES-SN. Isso pode
ser amplamente provado verificando as listas dos que participaram de congressos,
encontros e demais forúns nos últimos anos. Evidentemente, nem todos os
professores e professoras do grupo hegemônico compactuam com essas práticas, e
por isso merecem nosso respeito.
Desejamos que as professoras e professores sindicalizados à APRUMA possam
escolher livremente a alternativa que julgarem mais adequada para a direção de nosso
sindicato, e que a chapa vencedora contribua para que a APRUMA seja mais
democrática e plural.
São Luís, 15 de dezembro de 2019.
CHAPA 2 – APRUMA AUTÔNOMA, DEMOCRÁTICA E PLURAL