No último dia 12 de fevereiro a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos completou 41 anos de existência.
Contemporânea da Apruma quando da emergência de movimentos de resistência durante a ditadura militar, a SMDH tem no seu histórico a luta em defesa dos direitos humanos, atuando, por exemplo, na denúncia de crimes perpetrados pelo Estado, no apoio aos atingidos pela violência estatal e na defesa de setores da população marginalizados e de comunidades atingidas por ações do grande capital protegido ou apoiado pelo Estado.
Alguns exemplos dessa atuação marcante são as denúncias de violação de direitos de pessoas sob a tutela estatal no Presídio de Pedrinhas durante o governo Roseana Sarney, bem como da atuação violenta da polícia do Estado sob o governo Flávio Dino, como no caso que vitimou o jovem Wagner dos Santos, de 19 anos, durante uma reintegração de posse de um terreno supostamente de propriedade do clube de futebol Sampaio Corrêa, em São Luís, em agosto de 2015. Também foi importante o apoio dado à comunidade Cajueiro, na capital maranhense, ameaçada pela construção de um porto de capital chinês em seu território.
Murilo Santos, professor da Universidade Federal do Maranhão, detentor de um importante acervo documental sobre os movimentos sociais no Estado, relembrou esta semana, com uma imagem marcante, a solenidade de Fundação da Sociedade, que sempre teve docentes da UFMA envolvidos em suas atividades. Na fotografia resgatada pelo professor estão dois membros da primeira diretoria da SMDH, também professores da Universidade:
Carnaval Histórico
Neste sábado, 15 de fevereiro, acontece a 11ª edição do Baile do Parangolé, promovido tradicionalmente pela SMDH na capital maranhense.
A programação começa a partir do meio-dia, com uma feijoada (também com opção vegana), seguida da concentração do Baile, às 15h. Esta primeira parte acontece no Solar Cultural Maria Firmina dos Reis, na rua Rio Branco, centro de São Luís (atrás da Caixa Econômica da Praça Deodoro). Em seguida, às 16h, o cortejo toma as ruas do centro. É a primeira vez em seus onze anos de realização que o Parangolé terá uma versão de bloco de rua, marcante, nesses 41 anos da SMDH, diante da conjuntura, que indica aos militantes dos movimentos sociais a ocupar estes espaços na resistência ao autoritarismo.
Haverá apresentação de diversos artistas convidados – entre eles, o músico e militante Joãozinho Ribeiro. Outros blocos também devem marcar presença, em saudação ao Parangolé, aos 41 aos da SMDH, e aos presentes. Todos e todas estão convidados.