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Apruma cobra fim do extermínio no campo maranhense: Seu Quiqui, presente!

Basta! Apruma cobra fim do extermínio no campo maranhense: Seu Quiqui, presente!

Mais uma morte anunciada – e, infelizmente, executada – no campo no Maranhão.

Mais uma vítima na região de Arari, cujos alertas já foram dados por esta e por outras entidades que exigem punição dos culpados das execuções de camponeses, quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco, ribeirinhos e ribeirinhas, e demais populações originárias e tradicionais no Estado.

Desta vez, o Seu Quiqui, José Francisco Lopes Rodrigues, militante do movimento Fóruns e Redes de Cidadania, quilombola do povoado Cedro em Arari/MA, tornou-se a primeira semente no campo maranhense este ano. Acompanhe a seguir o posicionamento de nosso Sindicato, solidarizando-se com a família de Seu Quiqui, denunciando a situação, e cobrando posição firme do Estado ante o genocídio em curso:

 

 Nota APRUMA 002/2022

 

A Diretoria da APRUMA se solidariza com a família do quilombola assassinado José Francisco Lopes Rodrigues, o território Cedro (Arari-MA) e o movimento Fóruns e Redes de Cidadania, diante desta marcante perda.

 

A violência no campo no Maranhão continua em escalada alarmante, com nove mortes em 2021 e mais um brutal assassinato na Baixada Maranhense, do Seu “Quiqui”, como era reconhecido. A Diretoria da APRUMA denuncia e cobra do poder público investigação e punição dos responsáveis pela morte, além das outras quatro mortes de lideranças de Arari nos últimos dois anos sem respostas.

 

O latifúndio, a agropecuária, as cercas nos Campos Naturais, a grilagem e o agronegócio assolam o Estado do Maranhão e a Baixada Maranhense, e causam mortes dos defensores dos territórios e destruição da natureza. O Maranhão segue no topo dos Estados com maior número de conflitos no campo, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), alarmando toda a sociedade para a necessidade de estancar a chacina em curso.

 

A reflexão sobre o capitalismo no campo e a transformação da natureza em commodities aponta a urgente necessidade de mudança de rumo da sociedade, pois aqueles que lutam nesta trincheira têm sofrido perdas, como ocorrido com Seu “Quiqui”. A Diretoria da APRUMA externa os braços de acolhimento, revolta e denúncia, diante de mais uma vítima de conflitos no campo no Maranhão.

 

Seu “Quiqui”, presente!

 

São Luís, 12 de janeiro de 2022

Diretoria da APRUMA – Seção Sindical

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