A minuta que pretende mudar os destinos da UFMA, transformando-a em unidade de ensino marcadamente a distância e que pretende enfraquecer, além do ensino e da extensão, a pesquisa na principal Universidade do Maranhão, vem recebendo amplo repúdio de docentes, discentes, egressos e da comunidade em geral, que sabe da importância de seu fortalecimento para o Estado e para a Educação Pública brasileira.
Além da Assembleia Geral realizada pela Apruma semana passada, quando estudantes e docentes manifestaram preocupação com o tema e discutiram formas de resistência, no sábado, 25, o Solar Cultural da Terra, no Centro de São Luís, ficou lotado de membros da comunidade universitária para a reunião chamada pelo DCE, quando o assunto foi novamente discutido e onde foi ressaltada a importância de participação na Assembleia Unificada que acontece nesta terça-feira, 28, às 16h, na Área de Vivência do Bacanga, além de outras estratégias.
Cursos repudiam minuta
A minuta que trata deste assunto vem recebendo amplo repúdio nas unidades e subunidades onde vem sendo feita sua discussão. Durante a Assembleia da Apruma, foi informado que o curso de Educação do Campo, em Bacabal, já se manifestou contrário por considerar que essa alteração não se coaduna com as características do curso. “Nós da Engenharia Elétrica caminhamos nesse mesmo sentido”, citou mais um docente. O Colegiado do Curso de História, em São Luís, também já se posicionou contrário à mudança. O mesmo caminho seguiu o Departamento de Ciências Sociais e Antropologia. A Licenciatura em Ciências Humanas do Campus Pinheiro também rejeitou, por unanimidade, a proposta.
No Serviço Social, em São Luís, em Assembleia Extraordinária realizada semana passada o corpo docente também se decidiu contra a minuta, e informou à Assembleia da Apruma que nesta segunda-feira realizaria uma Assembleia Geral do Curso sobre o assunto.
A Assembleia Geral do Serviço Social aconteceu nesta manhã, reunindo, além de estudantes, técnicos e docentes, a representação docente (APRUMA), o DCE, e representações de classe, como o Conselho Regional de Serviço Social, e também a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPESS), numa clara demonstração de que o assunto já extrapolou os muros da Universidade e preocupa a sociedade, que pode vir a ser principal impactada caso a UFMA sofra tamanha alteração.
Durante a Assembleia Geral do Serviço Social, o repúdio a essa pretensão foi unânime. “Além dos evidentes impactos para o ensino, isso pode trazer desdobramentos para além da formação, com a precarização do trabalho em nossa área, por isso é uma preocupação geral”, manifestou-se uma docente do Curso.
Ações
Nesta terça-feira, além da Assembleia Unificada em São Luís (16h, Área de Vivência), o curso de Educação do Campo em Bacabal também fará manifestação contra a precarização da estrutura necessária ao desenvolvimento das atividades presenciais, que estão comprometidas, como o alojamento estudantil, e nas discussões, a minuta também deve ser rebatida.
A APRUMA orienta a todas as áreas da Universidade que discutam profundamente essa situação e se posicionem urgentemente sobre o tema. A Diretoria se coloca à disposição para o diálogo e para participar das discussões locais, bastando apenas que seja procurada em seus canais de contato. Além disso, a APRUMA também já vem trabalhando num calendário para levar o assunto a assembleias, reuniões e colegiados, dos quais solicitará participar para tratar a questão.
O Sindicato também se coloca à disposição para divulgar ações em qualquer setor da Universidade que venham a se manifestar sobre a defesa do ensino presencial: se sua coordenação, departamento ou qualquer unidade se manifestar, ou for realizar atividade sobre o tema, procure a APRUMA para suporte na divulgação em nossos canais.
Neste momento, devemos estar todos e todas juntos em defesa da UFMA.