Nesta terça (24/01), por meio de nota, a diretoria nacional do Andes – Sindicato Nacional manifestou solidariedade aos povos indígenas Yanomami, cuja situação de miséria vem sendo denunciada há tempos. No documento, o sindicato recorda o histórico de 523 anos de massacres, invasão de terras e extração de riquezas.
“Nos últimos 4 anos do governo genocida de Bolsonaro, os povos indígenas foram submetidos ao aumento da invasão das suas terras pelo garimpo ilegal, houve negligência no atendimento na pandemia, o que obrigou uma ação do STF exigindo o cumprimento do atendimento de direitos básicos, como atendimento médico e imunização contra a COVID-19. Os órgãos de governo que lidam com as questões indígenas foram militarizados, com o desmonte da FUNAI, SESAI e outros, deixando as comunidades indígenas abandonadas e sem nenhuma política de promoção da vida.”
Somado a isso, a diretoria nacional ressalta a forte relação dos povos indígenas com a natureza. “Por isso é tão difícil para os não-índios, compreenderem o alcance da exploração
mineral e destruição das matas, do envenenamento dos rios, da mortandade de peixes e
outros animais que existem nas terras indígenas do povo Yanomami, particularmente na
Terra Indígena Raposa do Sol, que compreende uma vasta extensão de 1.743.089 hectares
e 1.000 km de perímetro”, afirma a nota.
Diante desse cenário, o ANDES-SN compreende que a demarcação das terras indígenas é “condição primeira para que a democracia alcance os povos indígenas, mas não é só isso. É preciso reforçar as instituições que atuam nas áreas em conflito, que os marcos declamatórios das terras indígenas em estudo sejam finalizados, e que os povos indígenas ganhem autonomia sobre seus territórios para construírem suas formas de bem-viver”.
Demarcação Já!
Pelo julgamento dos crimes de genocídio do governo Bolsonaro!