No próximo dia 31 de março, o Brasil descomemora os 60 anos do golpe empresarial-militar no país. Na ocasião, militares e civis, articulados com o poder econômico internacional, tiraram o presidente eleito João Goulart do poder e iniciaram uma ditadura que durou 25 anos. Durante a ditadura empresarial-militar, milhares de pessoas foram privadas de direitos, perseguidas, presas, torturadas e assassinadas. Outras muitas seguem desaparecidas.
Neste sentido, a APRUMA – Seção Sindical do ANDES – Sindicato Nacional promoverá um debate, intitulado “6O anos da Ditadura Militar: golpes nunca mais”. O evento ocorrerá no dia 04 de abril, às 17h, no auditório setorial do CCSo, no Campus do Bacanga. Para a diretoria da entidade, a conjuntura sócio-política atual e os eventos recentes, como o golpe de 2016 e a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, demonstram a necessidade da promoção de debates sobre o caráter autoritário e militarizado da sociedade brasileira. “A ditadura militar foi um período de grande autoritarismo em que muitas(os) companheiras(os) morreram na resistência ao autoritarismo e na defesa de uma sociedade democrátrica”, pontou a presidenta, profª Ilse Gomes.
A iniciativa da APRUMA – S.Sind. reforça ainda o próprio compromisso da entidade.”Precisamos fazer com que esse debate esteja presente na comunidade universitária, para que a democracia seja sempre um horizonte e a resistência ao autoritarismo seja sempre nosso compromisso”, assegura Ilse Gomes.
As palestrantes convidadas para o momento são:
• Arleth Borges, possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão (1988), mestrado em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP (1998) e doutorado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ (2005). Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência Política, com estudos e publicações, principalmente nos seguintes temas: partidos e eleições; poder legislativo; relações entre os poderes e ditadura militar, privilegiando a incidência dessas questões no estado do Maranhão.
• Josefa Batista Lopes, graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão (1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1979) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998) com estágio em pesquisa (“bolsa sanduíche” CAPES) no Instituto Gramsci de Roma. Pós-doutorado no CENEDIC/Departamento de Sociologia da USP (2009). Foi Presidente da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS (1981-1983, à época ABESS), Presidente da Asociación Latinoamericana de Escuelas de Trabajo Social e do Centro Latinoamericano de Trabajo Social – CELATS (1986-1989); foi membro da Diretoria Executiva da ABEPSS, biênio 2007/2008, exercendo o cargo de Coordenadora Nacional de Pós-Graduação; foi representante do Brasil na Asociación Latinoamericana de Enseanza e Investigación en Trabajo Social – ALAEITS (2006-2009). Professora Associada aposentada da Universidade Federal do Maranhão, onde ingressou por concurso público em 1971 e foi coordenadora do Curso de Graduação em Serviço Social. É vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA onde exerceu a função de Coordenadora eleita para o biênio 2006/2007. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: GSERMS/UFMA e OPPLS/UFMA. Atua nas áreas de Serviço Social, Políticas Públicas e Movimento Social com ênfase em: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social; Questões de Método; Questão Social; Relação Estado e Sociedade Civil; América Latina e Lutas Sociais; Pensamento de Antônio Gramsci, mediante a verticalização de estudos de suas obras, referenciados em Marx e em interlocução com o marxismo.
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