As(os) professoras(es) da UFMA aprovaram o início da greve a partir do dia 15 de abril. A deliberação foi tomada em assembleia da APRUMA- Seção Sindical do ANDES – Sindicato Nacional, aberta a toda a categoria, realizada na tarde dessa segunda-feira (8). A votação da greve seguiu o indicativo aprovado pela categoria no dia 21 de março e também a orientação do ANDES-SN, a partir da reunião do setor das Federais, em Brasília, em 22 de março.
A assembleia iniciou com os informes sobre as negociações com o governo e a mobilização das(os) docentes federais em outras seções sindicais. Em seguida, foi aberto espaço para fala das(os) professoras(es) presentes e aquelas(es) que participaram nas salas de videoconferência em cada um dos oito campi espalhados pelo Maranhão e na Área de Vivência do Campus do Bacanga, em São Luís.
Em sua manifestação, o vice-presidente da APRUMA – S. Sind., prof Antônio Gonçalves, mencionou o histórico de enfrentamento do movimento docente nos últimos anos, com destaque para o “8m”, “15m” e a derrota à Reforma da Previdência, além da decisão congressual de construir uma greve em 2020, que não se concretizou devido à pandemia.
“A gente faz greve quando tem elementos concretos. Não se trata só da pauta por recomposição salarial, mas a proposta que o governo apresenta é uma burla à totalidade, porque não contempla os aposentados; o orçamento das nossas universidades não chega à cinco bilhões, enquanto o centrão do Congresso tem 54 bilhões de reais para gastar com emendas parlamentares. Não vamos fazer essa disputa? Esse é o momento!”, declarou.
Durante a assembleia, o atual cenário de financiamento da educação pública, manutenção das universidades, recomposição salarial, o acesso e a permanência dos estudantes e condições dignas de trabalho a docentes e técnicos foram temas amplamente debatidos.
A categoria encaminhou ainda a ampliação do Comando Local de Greve, que será composto pela Diretoria e as(os) professoras(es) Welbson Madeira, Lucelma Braga, Safira Lopes, Saulo Pinto, Luciano Penha (Campus Grajaú), Claudia Durans, Franci Cardoso e James Azevedo (Campus Chapadinha), Rosilda Dias, Patrícia Azevedo, Cláudio Mendonça, Nazaré Costa e Catarina Teixeira.
O grupo atua na promoção de atos, reuniões e outras propostas para encaminhar a construção da greve em todos os campi da Universidade Federal do Maranhão, a partir de 15 de abril.
Entenda a proposta reivindicada pelas entidades sindicais
A reunião de 28 de fevereiro foi a primeira rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente deste ano e concluída sem avanços sobre a recomposição salarial de servidoras(es) federais e demais demandas apresentadas na contraproposta protocolada pela bancada sindical junto ao governo no dia 31 de janeiro. O documento prevê a recomposição das perdas salariais do período referente ao governo Temer até o final do governo Lula. O índice reivindicado para o bloco de servidores/as que reúne docentes federais é de 22,71%, dividido em 3 parcelas de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. O cálculo considera as estimativas de inflação de 3,87% em 2024 e 3,5% em 2025, conforme projeção do Banco Central.
Além disso, as entidades sindicais reivindicam equiparação dos benefícios, sem exclusão das pessoas aposentadas, revogação das medidas que atacam servidoras(es) e a assinatura de um termo de compromisso para negociação das perdas salariais do governo Dilma. O Executivo federal manteve ,em fevereiro, a proposta apresentada ao final do ano passado de 9%, dividido em duas parcelas, mas com a primeira a ser paga apenas a partir de maio de 2025 e a outra metade em 2026.
Após pressões do conjunto de entidades sindicais, em Brasília, o governo convocou para o dia 11 de abril, a primeira reunião da Mesa Setorial Permanente de Negociação. A convocação da reunião vem após muita pressão de docentes, técnicas(os)s administrativos, com as categorias de duas das três entidades representativas já em greve – Fasubra e Sinasefe.
Confira o calendário de reuniões com o governo federal até o momento:
06 de julho de 2023 – Protocolo das reivindicações da Campanha Salarial 2024.
Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com a bancada sindical
11 de julho de 2023
25 de julho de 2023
10 de agosto de 2023
29 de agosto de 2023
6 de novembro de 2023
18 de dezembro de 2023
28 de fevereiro de 2024
Ccontraproposta da bancada sindical
31 de janeiro de 2024
Mesa Específica Temporária (carreira) no MGI com setor da Educação
5 de setembro de 2023
3 de outubro de 2023
22 de fevereiro de 2024
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