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Até quando precisaremos ter datas para lembrar que as vidas das mulheres importam?

São Anas, Marias, Marianas, são Terezas, Amélias e Fabianas, são mães, filhas, meninas, são esposas, afilhadas e sobrinhas, são mulheres que sofrem, são violentadas todos os dias. Queremos um basta nesse cenário de violência e opressão!

A data de 25 de novembro é lembrada pelo Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, integrando a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que inicia hoje (25) e vai até dia 10 de dezembro.

A Apruma – Seção Sindical se soma a essa luta, que não pode ser isolada. É responsabilidade de todas e todos acabar com a violência contra a mulher. Precisamos compreender e agir contra esta violência cometida em função do gênero, agravada pelo machismo e também pelo racismo estrutural, na medida em que mulheres negras são ainda mais afetadas. Tais casos de violência são dirigidos às mulheres, principalmente, por conhecidos da vítima, são maridos, namorados, companheiros, pais, padrastos.

Recentemente, tivemos a repercussão na mídia nacional do caso Mariana Ferrer, uma jovem blogueira que foi drogada e estuprada. O inquérito policial concluiu que houve um estupro de vulnerável e identificou o material genético do acusado. No entanto, um vídeo divulgado de uma das audiências do julgamento, mostra Mari Ferrer em uma sala virtual com quatro homens – o Juiz, o advogado de defesa do réu, o advogado de defesa e o promotor. As imagens denunciam Mari Ferrer sendo agredida moral e psicologicamente e culpabilizada pelo crime do qual é vítima. O que vemos, nesse caso, é a vítima sendo mais uma vez violentada, dessa vez, pelo Estado.

A violência contra a mulher é contínua, arraigada no cotidiano das mulheres, tem números alarmantes e como ponto culminante, o feminicídio. No Maranhão, este ano, segundo, o Departamento de Feminicídio da Polícia Civil, foram registrados 55 casos deste tipo. Na última semana, no município de Barra do Corda (MA), uma Jovem de 17 anos foi morta a tiro e o principal suspeito é o ex-companheiro, que está sendo procurado.

Nesse momento de pandemia, a questão se acirra, pois estão mais isoladas, além do mais, temos no governo federal, uma gestão que trouxe mais agravos à situação, com uma política de privatização da saúde e destruição dos aparatos sociais.

A classe trabalhadora precisa, com urgência, unir forças na luta contra a violência contra a mulher e em favor de políticas públicas que possam apoiar e garantir uma vida com dignidade às mulheres.

Nesse sentido, hoje (25), haverá um ato de base popular, na praça Deodoro, em São Luís, a partir das 17h. Compareça!

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