Depois de sete versões do relatório na Comissão Especial e a chegada do pelotão do partido “Novo” na Comissão para salvar o bolso-guedismo de uma grande derrota e dar sobrevida ao projeto de contrarreforma que destrói o serviço público brasileiro em todas as esferas, a proposta de emenda constitucional n.32 foi aprovada com dez votos de diferença e segue para sua primeira votação no plenário da Casa.
Como pudemos acompanhar especialmente ao longo das últimas duas semanas, essa não foi uma ‘vitória” fácil (e parcial, lembre-se) para o governo e os corretores do serviço público. Muitas manobras foram feitas, como as descritas no início deste texto, fora o toma-lá-dá-cá de bastidores, praticamente naturalizado quando o assunto é ataque aos direitos e à Constituição. Exemplo disso foi o deputado maranhense Gastão Vieira, que “dormiu” na quarta-feira dizendo-se contra a PEC32 e “acordou” ontem votando favorável ao relatório. Sua manobra discursiva nas redes sociais, de que seu voto favorável na Comissão não significa apoio à medida vem sendo durante criticada por seguidores:
PEC32: CLIQUE e veja aqui como votou cada membro da Comissão Especial
A luta deve se intensificar: comece a contatar os deputados AGORA! Não temos tempo a perder
A “Força-tarefa” de sindicatos, centrais, movimentos populares e demais representações de servidores e da sociedade civil contra mais esse duro ataque segue em Brasília, atenta às manobras e convocações relâmpagos para fazer “andar” a matéria. Nesse sentido, o trabalho de pressão que vem sendo feito in loco e também nos estados e nas redes deve seguir. Nas últimas duas semanas, a presença da Apruma e demais representações do Andes, do Fonasefe e demais entidades em Brasília foi essencial para as mobilizações, bem como a “retaguarda” montada nos estados e nas redes e e-mails dos deputados.
Esse trabalho deve não apenas prosseguir, como se intensificar: cada voto conta, e é preciso pressionar os deputados, alertar suas bases para o que está em jogo, como o sucateamento e privatização de serviços essenciais como saúde e educação, além da manutenção de privilégios e ataques e quem está diretamente no atendimento à população.
Envio de e-mails, comentários nas redes, participação em tuitaços, tudo é importante nesse momento em que o que está em jogo diz respeito à destruição do serviço público e, com ele, do Estado Brasileiro e de garantias constitucionais asseguradas a servidores e à população.
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